quarta-feira, 28 de maio de 2008

A Internet e seus impactos nas notícias

RESUMO

O presente artigo trata de uma reflexão sobre os impactos da internet nos acontecimentos noticiados pelos meios de comunicação. O que muda com esse novo recurso? A velocidade da informação garante a credibilidade da notícia? A internet passa a pautar os demais meios de comunicação. Que mudanças traz essa realidade? Dá pra confiar no que se noticia na internet?

Palavras-Chave: internet, informação, rapidez.

1. INTRODUÇÃO
Desde a invenção de Gutenberg, o ser humano tenta reproduzir informações de uma forma cada vez mais veloz. Primeiro nos tipos móveis, que possibilitaram a criação do jornal, em seguida o rádio que encurtou as distâncias, depois, o fenômeno televisão que possibilitou a transmissão de sons e imagens instantaneamente. E, agora, a internet que torna o mundo cada vez menor na velocidade de suas informações. São essas informações confiáveis? Ou será que devido à rapidez com a qual são divulgadas a tornam menos confiáveis? Ou ainda, por ser a internet um meio tão vulnerável, como a notícia divulgada no ciberespaço se solidifica? E quando a internet vira a própria notícia?
Por ser um meio ainda “recém-nascido” há o que se refletir e questionar. Os caminhos da notícia na internet e seus efeitos na vida da sociedade e na própria imprensa serão analisados nesse artigo.

2. VELOCIDADE X CREDIBILIDADE
O mundo vive em constante mudança, e em alguns casos, em evolução. Isso tem acontecido com a comunicação. Buscando meios de divulgação que atingissem o maior número de pessoas em menor espaço de tempo, a internet se mostra como recurso mais eficaz para esse fim. Pierry Lévy trata dessa velocidade quando relaciona a comunicação propriamente dita, aos transportes em sua mobilidade física, quando compara a construção de ferrovias aos novos sistemas de informações, onde ambos têm em comum o fato de criar “uma situação em que vários sistemas de proximidade e vários espaços práticos coexistem” (Lévy, 1996, p.22). A velocidade das informações trouxe uma efervescência no ambiente jornalístico, pois que a rapidez na divulgação da informação tornou-se a grande “vedete” nos meios de comunicação. Aquele que dá a notícia em primeira mão é o mais reconhecido entre as massas. É o tão sonhado “furo”. No entanto, há riscos nessa prática, pois que o anseio de divulgar a notícia muitas vezes esconde a fragilidade com que a informação foi obtida. A checagem dos fatos, principal respaldo a veracidade da notícia, não é feita com tanto afinco porque o fator tempo se torna mais importante. Notícias incompletas e muitas vezes incorretas se tornam mais comuns na net.
Apesar de ser, hoje em dia, o primeiro meio para se saber das notícias, a internet por muitas vezes não se torna um canal muito confiável na opinião daqueles que a utilizam.


3. MEIO VULNERÁVEL
Se por um lado a rapidez na divulgação dificulta a confirmação da autenticidade do fato, por outro, a notícia na internet enfrenta o problema da falta de controle do meio. Por a internet ser considerada “terra de ninguém”, a notícia flutua numa rede que não tem sustentabilidade própria. Porque não há quem possa afirmar que o que é divulgado na internet é verdadeiro. Visto que na internet vivemos num mundo onde a fantasia se torna mais real que a própria realidade. Quem a fiscaliza? Quem a condena? Senão os próprios usuários? Segundo Franco (1997) “a internet não é uma coisa estável, não é uma tecnologia pronta. É como uma cidade que este em permanente construção e cuja vida dos prédios é extremamente efêmera”.
Alguns sites de notícias têm credibilidade quase que inquestionável por já serem conhecidos em sua forma televisiva ou impressa, mas o que dizer daqueles que são desconhecidos ao grande público e que pretendem se firmar no meio mais democrático já considerado até agora?
É importante ressaltar que essa “desconfiança” do público é salutar se pensarmos em que tais empresas busquem a partir desse pressuposto, a qualidade de suas informações. Deve-se buscar formas em que o receptor se sinta mais seguro ao ler a informação na internet.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A internet é um meio novo e cheio de possibilidades, também cheio de desconfianças e mistérios. Trouxe a informação rapidez, ao mesmo tempo em que trouxe superficialidade. É um desafio ao emissor, no sentido de dar credibilidade a sua informação, e um exercício de busca pelo receptor daquilo que conhecemos como “realidade”.





BIBLIOGRAFIA
· LÉVY, P. O que é virtual? São Paulo: Ed. 34, 1996.
· FRANCO, A; Araújo. Ensaio sobre as tecnologias digitais da inteligência. Campinas: Papirus, 1997.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

SOCIEDADE DIGITAL: INCLUSÃO OU UTOPIA?

RESUMO

Vivemos numa sociedade midiatizada, onde cada vez mais se busca acompanhar o ritmo acelerado das novas tecnologias. No entanto, nem todos têm o mesmo acesso a esse conhecimento. Falar de uma sociedade digital é falar de algo muitas vezes distante da realidade. Será apenas uma questão de um programa de inclusão ou viver nessa sociedade é um sonho impossível de se alcançar? A cada dia novas invenções surgem e o que fora criado ontem se torna obsoleto e mais barateado, tornando-se mais acessível à população. Mas, o que dizer das classes menos favorecidas? Um dia terão a mesma oportunidade?

Palavras-Chave: Tecnologias, digital, acessível.

1. INTRODUÇÃO

Inclusão Digital é a democratização do acesso às tecnologias da informação, uma forma de incluir a sociedade nesse novo ambiente tecnológico onde a informação tem o lugar principal. É um suporte para simplificar as atividades do dia a dia. Mas, nem todos são incluídos digitalmente, então, programas e estratégias são criados para que pessoas de baixa renda que não tem condições financeiras tenham acesso a esse “admirável mundo novo”. Também novas tecnologias são desenvolvidas para que se amplie a acessibilidade para usuários com deficiência. Assim, a sociedade pode ter mais contato com as informações contidas na internet, buscando, produzindo, e disseminando conhecimento.

Porém, numa sociedade onde as mudanças tecnológicas ocorrem de uma forma muito veloz, os que são excluídos socialmente ficam, cada vez mais, de fora dessa nova tendência cultural. Países subdesenvolvidos, ou em desenvolvimento ficam distantes da informação e do conhecimento, e só poderão combater essa exclusão se tratarem esse problema como uma política pública.

Aqui no Brasil, em São Paulo, a prefeitura inaugurou o “Telecentro Centro Cultural”, local onde estão disponíveis tecnologias de informação e comunicação para pessoas que de outra forma não teriam oportunidade de conhecê-las. Um exemplo de que a inclusão pode tornar-se possível.

2. SOCIEDADE DIGITAL

A História registra as revoluções tecnológicas em que grau de penetração elas tem na sociedade. Para Castells (1999) elas fazem surgir novos produtos, reúne conhecimentos e informações. Para ele, há três estágios de uso das novas tecnologias.

Nos dois primeiros estágios, que são os da automação de tarefas e as experiências de uso, o progresso deu-se basicamente pelo aprendizado através do uso. Já no terceiro estagio, ou seja, a reconfiguração das aplicações, os usuários aprenderam fazendo a tecnologia o que resultou na reconfiguração das redes de telecomunicações e na descoberta de novas aplicações. (1999, pag.51)

No entanto, essas tecnologias perdem a sua funcionabilidade se não servirem ao seu propósito, ou se forem aplicadas a uma parcela mínima da população. A sociedade precisa participar desse avanço digital, mas, nem todos têm acesso a essas mudanças.

Mas, como se falar em inclusão digital se há muitos na sociedade que não são excluídos na educação, saúde e moradia?

Tais pessoas são cerceadas dos seus direitos sociais, econômicos, e culturais. A mesma sociedade que as excluem deve buscar meios para as incluírem. A pobreza não é meramente econômica mas torna-se hoje cultural. Ela caracteriza-se também pela falta de acesso aos bens mais básicos a que todos têm direito. Como uma sociedade que não dá acesso ao que é básico pode democratizar as novas tecnologias?

Investir na inclusão digital é de máxima importância para uma sociedade atualizada com o seu tempo. E deve ser prioridade na política de cada país, mas não significa apenas ensinar a usar, mas inserir conteúdos e avaliar a sua aplicabilidade social.

Devem-se trabalhar conceitos nas escolas, junto a professores e alunos para que a sociedade esteja preparada para novas mudanças que surgem cada vez mais. Para que a inclusão digital seja realidade.

BIBLIOGRAFIA

· CASTELLS, M. A Sociedade em Rede. São Paulo: Paz e Terra. 1999.

· EXCLUSÃO DIGITAL. Disponível em: http://www.oppi.org.br/apc-aa-infoinclusao/infoinclusao/busca_results.shtml?AA_SL_Session=977dbb79dcc0d7e18a6f5c0aecbce02d&x=119. Acesso em: 12 Maio 2008.

· INCLUSÃO DIGITAL. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Inclus%C3%A3o_digital. Acesso em: 12 Maio 2008.